Uma escultura da falecida morsa Freya foi inaugurada na marina Kongen, em Frognerkilen, no sábado.
A morsa foi sacrificada pela Diretoria de Pesca em agosto do ano passado devido ao receio de que pudesse causar danos às pessoas. Os espectadores não seguiram repetidamente as recomendações das autoridades para manter distância do animal de 600 quilos.
No entanto, a matança foi polêmica e foi, entre outras coisas, comparada a um assassinato da máfia pelo grande jornal americano New York Times.
Na Noruega, foi inaugurada uma escultura de bronze da morsa apelidada de Freya, que ganhou atenção mundial no verão passado depois de se aquecer no fiorde de Oslo até ser sacrificada pelas autoridades.
A escultura em tamanho natural mostra Freya deitada de lado na costa rochosa da marina de Kongen, em Oslo, não muito longe de onde o mamífero de 600 kg, no verão passado, atraiu grandes multidões enquanto perseguia patos e cisnes e descansava em barcos que tinham dificuldades para suportar seu volume.
As autoridades decidiram abatê-la em agosto, citando sinais de estresse e temendo que ela representasse uma ameaça para os membros do público que não mantivessem distância conforme solicitado.
Uma campanha on-line arrecadou mais de US$ 25.000 (£ 20.000) para construir a escultura em homenagem a Freya, disse o organizador da campanha, Erik Holm.
"Iniciei essa campanha porque estou furioso com a maneira como a diretoria de pesca e o estado lidaram com essa situação", disse Holm na inauguração.
"Além da questão de Freya, precisamos nos perguntar como tratamos os animais e a natureza. Precisamos pensar sobre nossa relação com a vida selvagem."
Freya, com idade estimada em cinco anos, foi avistada no Reino Unido, na Holanda, na Dinamarca e na Suécia antes de passar parte do verão na Noruega.
A morsa é uma espécie protegida que normalmente vive nas latitudes mais ao norte do Ártico.
Apesar dos repetidos apelos para que se mantivessem afastados, os espectadores, que às vezes tinham crianças a reboque, aproximaram-se do mamífero para tirar fotos.
Normalmente, as morsas não se comportam de forma agressiva com os seres humanos, mas podem se sentir ameaçadas por intrusos e atacar.
Os críticos disseram que a decisão de abater Freya foi precipitada e não levou em conta o bem-estar do animal, enquanto as autoridades disseram que sedar Freya e levá-la para uma área menos povoada teria sido uma operação muito complexa.
